segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Curtas...

Reticências... Prolongam minhas ideias, ampliam as interpretações, deixam margens para continuações... Sonhos são cheios de reticências, os sonhos da noite mesmo, não tem ponto final, é o surreal e de certa forma real, pois aconteceu, não aconteceu? Procurei e não encontrei a onomatopéia que eu queria para um longo suspiro... Mas se eu o descrevesse seria mais ou menos assim: O fim da tarde tinha cheiro de sol, aquele sol que está indo embora, mas contempla a face de quem o vê, os pés descalços tocavam a areia a beira do mar, o som do vento acariciava o corpo inteiro e ela com o corpo alongado, a face rosada, os braços abertos, olhava pra cima observando o movimento das nuvens e como em um desabafo puxou com toda força o ar para seus pulmões, segurou-o firme e soltou em seguida, devagar e intensamente até não sobrar um resquício sequer... E se isso fosse um sonho, depois do suspiro ela cairia pra trás com os braços abertos, e, independente de ter estado inicialmente na areia o que seguiria a partir daí seria aquela seqüência agonizante entre o sonho e a realidade e aquela sensação de estar caindo, caindo, caindo... E de repente você abre os olhos, o coração disparado e daí sim, o verdadeiro suspiro aliviado...

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