quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Encontros..

Com hora marcada, de madrugada, por acaso, amorosos, amistosos, cancelados, às escuras, com a pessoa certa na hora errada, na hora certa com a pessoa errada, com amigos, com a família, esperados, inesperados, na internet, obscuros, reveladores, saudosos, desencontros... Servem para nos manter vivos, para mostrar o que queremos e o que não queremos ver, para dar razão à nossa existência! Nos encontramos, o tempo todo, com pessoas de todos os lugares, nos encontramos nas esquinas, nos semáforos, nas festas, no trabalho, na academia, na padaria, na faixa de pedestre, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê, nos encontramos! Quantas vezes nos encontramos sem motivo e sem razão? Quantas vezes esperamos para que um destes encontros seja a nossa salvação? Quantas vezes lutamos com nossos instintos para desistir dos encontros que não desistem de fazer parte da nossa vida? E quantas vezes a única coisa que queremos é que um encontro não deixe jamais de acontecer? Nos encontramos, desde o dia em que nascemos, na família a qual pertencemos, no colégio que frequentamos, na rua que moramos, nas confidências que fizemos, nos encontramos no primeiro beijo, na primeira vez, no primeiro não, nos encontramos no espelho, nas roupas da nossa mãe, nas fotografias, nos encontramos no momento em que nossas mãos tocaram a mesma carta, mesmo tendo sido em tempos diferentes, nos encontramos em um piscar de olhos, nos encontramos! Nos encontramos em momentos difíceis, nos encontramos na alegria, nos encontramos nas redes sociais, nos encontramos nos funerais, nos encontramos porque esta é a grande magia do universo, criar encontros! Milésimos de segundos, muitas vezes, são os responsáveis por um grande amor acontecer! Quantas vezes já conversamos com alguém, em um primeiro encontro, e descobrimos que por várias vezes já estivemos nos mesmos lugares, por que nunca nos encontramos antes? Quem decide quando duas ou mais vidas se cruzam? Quem decide o exato momento em que duas ou mais vidas desfrutam de um mesmo momento? De um mesmo encontro? De um acontecimento? Quem vai dizer que é impossível? Quem vai dizer que não podemos nos encontrar, pelo simples fato de nos encontrarmos, sem haver nada o que explicar? Quão grande é este mundo? Existe uma teoria, a Teoria dos seis graus de separação que originou-se a partir de um estudo científico, e afirma que, no mundo, são necessárias no máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer estejam ligadas. Isso não é incrível? Todos, sem exceção, estamos, de alguma forma, ligados, neste universo! Ou seja, não, não há nenhuma coincidência! É o acaso? É o destino? O que é? Quem explica a magia misteriosa que envolve os encontros? Com tantas evidências de que os encontros e as ligações e o universo conspiram para que encontremos uns aos outros, não desperdice a chance de conhecer quem quer que seja!De reconhecer quem quer que seja, de oferecer o ombro, de sorrir, de ser o melhor que você pode ser, não sabemos quais destes encontros será decisivo em nossa vida, não sabemos qual é a próxima vez que vamos nos encontrar, não sabemos a razão por estarmos nos encontrando neste exato momento, não sabemos, nem sequer, quem decide o destino daqueles que se encontram, seja todo dia ou uma única vez na vida! Não sabemos nada além de que, visto por este panorama, cada encontro é único, uma nova chance, uma única oportunidade para sermos essência, para sermos parte da conspiração positiva do universo, para nos sentirmos inseridos neste mundo com um único objetivo! Nos encontrarmos... Não desperdice a chance de acrescentar vida aos seus dias, não sabemos o dia de amanhã!O mundo gira...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Pé Inchado...

Há um ano e meio, aproximadamente, eu lido com esta verdade! Meu pé esquerdo incha! Não é tão inacreditável, uma vez que duas cadeias de linfonodos foram retiradas de mim, uma na região pélvica e outra inguinal! Logo, a circulação ficou prejudicada e alguns cuidados são inevitáveis! (Pra sempre). Bem, é como calvice, velhice, joanete, diabete... Não há o que ser feito, você tem que se adptar e aprender a viver assim! A reflexão porém é de que neste tempo em que venho me adaptando a esta nova realidade, eu pude observar que, em todas as circunstâncias que meu pé esteve realmente inchado, eu me diverti muito, como nunca, além do pé inchado em questão, eu trazia muita e muita história pra contar! É impressionante como algo relativamente ruim era capaz de me transportar à algo muito bom! As vezes em nossa vida, é preciso que coisas não tão boas aconteçam para que possamos observar as coisas boas que vem logo em seguida! Não é uma questão de compensação, mas sim, de valorização do que se tem! Valorizar os momentos tão ricos e raros, mesmo que aconteçam inúmeras vezes, são raros, por que nenhum deles será igual ao outro! A maneira como cada pessoa encara os acontecimentos em sua vida é que define o grau da sua satisfação e felicidade! Eu poderia realmente reclamar por ter de me adaptar a uma realidade tão cruel! Mas, ao invés de me lamentar, eu preferi olhar por outro ângulo e perceber que eu tive não só uma segunda chance de viver, e sim, uma segunda chance de aprender! Creio que muitos de nós (e eu me incluo neste grupo) temos sim, diariamente muitas coisas das quais nos queixar! Mas, se realmente pararmos para olhar ao nosso redor, para enxergarmos o contexto em que estamos inseridos, para analisar que cada momento desperdiçado com queixas se torna um momento a menos de vida e que muitas pessoas não tem uma "segunda" chance, agarraríamos com unhas e dentes todas as chances que a vida nos oferece de sermos felizes, de praticarmos o bem e de nos preocupar conosco! As vezes, ou melhor, quase sempre que desabafo com alguém sobre as mais variadas coisas, recebo em troca, além de ouvidos, palavras que me fazem pensar e acrescentar mais motivos para acreditar que nesta vida nada acontece por acaso! O que nossos olhos vêem, nem sempre é a realidade, temos um hábito de colorir o que está ao nosso redor e enxergar nossa vida em preto e branco, sendo que o correto deveria ser o contrário! Uma amiga, outro dia me deu um bilhete com a seguinte frase: "Que possamos ver sempre além daquilo que está diante de nossos olhos". Um dos mais belos conselhos que já recebi! Olhar além daquilo que parece óbvio, não tirar conclusões precipitadas e não julgar ou definir ou colorir o que muitas vezes é sem cor! Viver e aprender com as nossas experiências e tirar delas o que de mais proveitos elas possam nos oferecer! Eis a vida!