segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O Infinito..

Tem uma música que diz que "o infinito é realmente um dos deuses mais lindos" e eu concordo... A vida, pra mim, não teria sentido se não fosse infinita! Quantas vezes nos apegamos a coisas sem sentido! Agarramos-nos com unhas e dentes a "mesquinharias" que podem ser desde sentimentos até bens materiais... Um erro! Tão grande, pois nada, nem ninguém nos pertence, não temos o domínio nem do próximo segundo, quem dera de uma vida ou de alguma coisa! Se nós temos uma missão nesta terra, ela deve ser: Aprender a viver... Somos todos aprendizes. Talvez não tenhamos todos a mesma missão, mas com certeza compartilhamos algumas lições! A evolução tem se restringido à tecnologia, as pessoas não tem evoluído mais porque estudam mais, porque tem mais pós-graduações ou mestrados, porque se especializam mais, muito pelo contrário, é comum vermos pessoas "estudadas" destratando outras pessoas, achando que são "superiores". Isto sim é lamentável. Viver e evoluir é muito mais do que isso, na minha opinião, é justamente compreender que a vida é infinita e que estar aqui é sempre uma chance de sermos melhores, de fazermos a maior quantidade de bem que pudermos, de deixarmos nossa mente fluir em paz... Curtir aqueles que estão próximos a nós... Cultivar os amigos! Fazer novos amigos, sempre. A admiração pelo infinito me levou a pensar em outros valores de infinita importância: A vida, o amor, a felicidade, a amizade, a lealdade, a liberdade! Não podemos perder tempo pensando no amanhã... Na semana que vem... Temos que ser livres nos nossos pensamentos e deixarmos a vida fluir. E ela flui... Quando você percebe conheceu outras pessoas, fez coisas novas, coisas que jamais imaginaria fazer e já está cheio de histórias pra contar! O que seria da vida sem as histórias, as risadas, os bons momentos que passamos... Para que isso aconteça é imprescindível que tenhamos bons pensamentos, boas atitudes! Preservar a energia positiva que temos e dividi - lá com o mundo! Mas principalmente saber dosar e concentrar esta energia diariamente e só assim teremos a certeza de que a vida, mesmo sendo infinita, não está passando inutilmente.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O tudo e o nada!

Um beijo, um abraço, uma conversa, um boa noite e também a solidão! A solidão acompanhada, o descompromisso, o medo, o interesse, o desejo pessoal, a modernidade! Maldita ou inocente? Estamos mesmo preparados para processar o novo? Para nos acostumarmos com esta era do vazio? A diversão de algumas horas não preenche um dia inteiro! E o que dizer dos impossíveis desejáveis? E dos indesejáveis disponíveis? E o que eu quero? Não conta mais? Não! Querer não é poder! Poder, é ter sorte de desejar o desejável! Sorte disse eu? Desejar o desejável não tem nada a ver com sorte, tem a ver com amor próprio! E esta tal de sorte? Vi um amigo dizer que ela o persegue, mas que ele é mais rápido! Cômico não? Já começo a suspeitar da sorte! Pois ela é relativa, pode também ser azar! E eu, particularmente, não creio nem em um nem em outro, eu creio na consequência!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Eventual!

Quase que diariamente reúno fatos, palavras, sugestões, episódios do cotidiano para relatar neste espaço! Faço-o de maneira sutil, vou captando frações e as utilizo para o resultado final! As vezes uma palavra basta para desencadear minha opinião! Hoje, novamente, cenas do cotidiano me levaram a este novo texto, que não é meu... É uma sugestão, ótima sugestão de um texto que inclusive tem muito haver com a essência deste blog! Incrível como a qualquer momento podemos entrar em contato com as mais variadas pessoas, basta um click para nos conectar a novos universos, novos pensamentos, novas energias! E quer saber? Vale muito a pena! Segue o texto de Rubem Alves extraido do site: A casa de Rubem Alves "O Barbazul" Vivia num país, não me recordo se próximo ou distante, um homem que todos conheciam pelo apelido Barbazul. Era um homem de rara beleza. Do seu rosto o que mais impressionava eram os olhos, de um azul profundo, dos quais saía uma luz azul que envolvia sua barba numa aura azulada, razão do seu apelido. Barbazul era um homem rico. Vivia num castelo. Numa das extremidades do seu castelo havia uma torre de sete patamares, trancados a sete chaves. Era uma torre misteriosa, interditada ao público, e sobre o que havia nela circulavam as estórias mais escabrosas. Barbazul era um homem solitário. Nunca se casara. Tão bonito, tão rico: por que nunca se casara? – era a pergunta que todos faziam. Muitas eram as mulheres, lindas mulheres, que por ele se apaixonavam. E Barbazul não se esquivava. Aceitava as sugestões contidas nos sorrisos... A princípio era um simples namorico, os dois passeando pelos bosques... Mas sempre chegava o momento quando a jovem lhe dizia: “Gostaria de me casar com você...“ “Casamento é coisa muito séria“, dizia Barbazul. “Só devem se casar pessoas que se conhecem profundamente. E só existe uma forma de as pessoas se conhecerem: é preciso que vivam juntas. Você viveria comigo, no meu castelo, mesmo sem nos casarmos? Eu no meu quarto, você no seu... Até nos conhecermos?” E assim acontecia. A jovem ia viver com Barbazul no seu castelo, cada um no seu quarto. Comiam juntos, passeavam, conversavam... Barbazul era um homem extremamente fino e delicado. Mas sempre acontecia a mesma coisa: depois de um mês assim vivendo Barbazul se dirigia à jovem e lhe dizia: “Vou fazer uma viagem de sete dias. Nesses dias você tem permissão para visitar a ‘Torre dos Sete Patamares‘. Aqui estão as sete chaves... Durante a sua visita você deverá segurar a chave do patamar que você estará visitando na sua mão esquerda, fechada com bastante força. Isso é muito importante. Porque as chaves têm propriedades mágicas...“ Com essas palavras ele partia e a jovem ficava só, com as sete chaves na mão, e a Torre dos Sete Patamares a ser visitada... Transcorridos sete dias Barbazul regressava e após o abraço do reencontro perguntava: “Visitou a Torre dos Sete Patamares?“ “Sim. Visitei todos os patamares...“, a jovem respondia alegremente. “Você gostou?“ “Eu os achei maravilhosos!“ Barbazul insistia: “Todos eles?“ “Sim, todos eles...“ “Então“, concluía com um sorriso, “é hora de você me devolver as sete chaves, aquelas que você apertou na mão esquerda, o lado do coração. Como eu lhe disse, elas são mágicas... Elas vão me contar o que você sentiu...“ Assentava-se então numa poltrona, fechava os olhos, e segurava as chaves na sua mão esquerda, uma de cada vez. A magia das chaves estava nisso: elas o faziam sentir, ao segurá-las, o mesmo que a jovem havia sentido, na sua visita aos sete patamares da torre. Só de olhar para o seu rosto era possível perceber os sentimentos guardados na chave que segurava. Eram sentimentos os mais variados, todos os que existem no leque que vai da alegria até a tristeza. As jovens sempre se emocionavam ao visitar os patamares da torre... Com uma exceção. Ao segurar a sétima chave o sorriso de Barbazul desaparecia e, no seu lugar, aparecia enfado e tédio. Era isso que a jovem havia sentido no sétimo patamar: enfado e tédio. “Não“, dizia ele à jovem. “Não poderemos nos casar. Comigo você será para sempre infeliz. O que há de mais fundo em mim, para você é tédio e enfado.“ E sem outras explicações levava a jovem à casa de seus pais, não sem antes enchê-la com os presentes que trouxera da viagem. E era sempre assim. Foi então que aconteceu... Era o entardecer, o sol se pondo no horizonte. O mar estava maravilhosamente azul. Barbazul caminhava na praia, como sempre fazia, pés descalços... Viu, ao longe, uma jovem que caminhava sozinha, molhando os seus pés na espuma do mar. Era uma cena linda, digna de uma tela de Monet: uma jovem sozinha, vestes brancas na areia branca, contra o azul do céu e o azul do mar... Ela caminhava na sua direção, distraída. Mas parecia não vê-lo, tão absorta se encontrava. Ela se assustou quando o viu... “Eu a assustei?“, ele perguntou. “Eu estava distraída“, ela disse, se desculpando. “Qual é o seu nome?“ “O meu nome? Stella Maris...“ “Chamam-me de Barbazul, por causa da cor da minha barba...“ Eles riram. Ela não era bonita. Mas a cena era bonita, bonitos eram seus olhos, bonita era a sua voz... Barbazul ouviu músicas no seu coração. E foi assim que caminharam juntos de pés descalços ao sol poente, caminhadas que vieram a se repetir a cada novo dia. Até que, numa dessas caminhadas, Barbazul falou o que nunca falara. “Você não quer morar comigo no meu castelo?“ “Você está pedindo que eu me case com você?“, ela perguntou. “Não. Estou pedindo que você venha morar comigo. Depois de morar comigo, quem sabe, descobriremos que as nossas solidões poderão caminhar juntas pela vida...“ E assim, ela foi morar no castelo do Barbazul. E aconteceu exatamente como acontecia com todas as outras: passado um tempo Barbazul anunciou uma viagem de sete dias e lhe deu as sete chaves com a mesma recomendação. E partiu... No primeiro dia Stella Maris tomou a primeira chave, abriu a porta do primeiro patamar e segurou firmemente a chave na sua mão. Era um enorme salão de festas cheio de gente. A orquestra tocava valsas alegres e as pessoas dançavam e riam. Parecia que todos estavam leves e felizes. Stella Maris dançou também e se sentiu leve e feliz. No segundo dia Stella Maris tomou a segunda chave, abriu a porta do segundo patamar e segurou firmemente a chave na sua mão. Era um salão de banquetes onde se serviam as mais deliciosas comidas e se bebiam os vinhos mais caros. Muitos eram os comensais, mas não tantos quantos havia no salão de festas. Stella Maris juntou-se a eles, assentou-se, comeu, bebeu e se alegrou. No terceiro dia Stella Maris tomou a terceira chave, abriu a porta do terceiro patamar e segurou a chave firmemente na sua mão. Era um parque cheio de crianças que brincavam dos mais variados brinquedos: balanços, gangorras, pipas, piões, cabo-de-guerra, pau de sebo, perna de pau, pula-corda, amarelinha, bolinhas de gude, bonecas, casinha, cabra-cega, escorregador, sela... Todas riam. Todas estavam felizes. Stella Maris se sentiu como criança e se juntou com elas, a brincar. No quarto dia Stella Maris tomou a quarta chave, abriu a porta do quarto patamar e segurou a chave firmemente em sua mão. Era uma biblioteca com prateleiras cheias de livros. Havia livros de todos os tipos: livros de ciência, de história, de literatura, de poesia, de filosofia, de humor, de mistério, de crime, de ficção científica, de arte, de culinária, de sexo, de religião... Os rostos daqueles que, assentados às mesas, liam livros em silêncio, revelavam emoções que os livros continham: concentração, excitação, curiosidade, alegria, tristeza, riso... Stella Maris escolheu um livro de arte, pinturas de Monet. Vendo as ninféias de Monet ela se sentiu leve e diáfana e desejou ver uma ninféia num lago... No quinto dia Stella Maris tomou a quinta chave, abriu a porta do quinto patamar e segurou a chave firmemente na sua mão. Era uma catedral gótica. A luz do sol se filtrava através dos vitrais coloridos e no silêncio do espaço vazio se ouvia o Requiem, de Fauré. E não eram muitas as pessoas que lá estavam. Havia rostos de súplica, rostos de sofrimento, rostos de paz. Stella Maris foi envolvida pelo silêncio, pelas cores dos vitrais, pela música... E a sua alma orou, chorou, agradeceu e sentiu paz. No sexto dia Stella Maris tomou a sexta chave, abriu a porta do sexto patamar e segurou a chave firmemente na sua mão. Era um jardim japonês. Ouvia-se o barulho da água que caía na fonte onde nadavam carpas coloridas em meio às ninféias. As cerejeiras estavam floridas. Um velho hai-kai repentinamente floresceu: “Cerejeiras ao anoitecer – Hoje também já é outrora...“ (Issa). Poucas, muito poucas eram as pessoas que andavam pelo jardim. Stella Maris se assentou sob uma cerejeira florida e o seu pensamento parou. Não era necessário pensar. A beleza era tanta que ocupava todo o lugar onde moram os pensamentos. Experimentou o paraíso... No sétimo dia Stella Maris tomou a sétima chave, abriu a porta do sétimo patamar e segurou a chave firmemente na sua mão. Era uma ampla sala vazia, na penumbra. Ninguém, somente ela. O silêncio era absoluto. A solidão era absoluta. Dois móveis apenas, duas cadeiras. A que se encontrava no centro da sala era iluminada pela luz das velas de um candelabro que pendia do teto. Stella Maris assentou-se na cadeira que estava num canto, nas sombras. Foi então que um homem entrou por uma porta nos fundos. Vinha abraçado com um violoncelo. Sem dizer uma única palavra ele se assentou, arrumou o violoncelo entre as pernas, tomou o arco, concentrou-se e pôs-se a tocar. A melodia, em meio ao silêncio absoluto, sem nenhum ruído ou fala que a profanasse, era de tal pureza e pungência que lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Stella Maris. Sentiu que o seu corpo estava possuído pela beleza. Era como se ele, o seu corpo, fosse o instrumento de onde saía a música. Sim, ela já a ouvira: a Suíte n. 1, em sol maior para violoncelo, de Bach. Terminada a execução, o artista se levantou e se retirou sem nada dizer. Stella Maris permaneceu assentada, em silêncio; não queria que aquele momento terminasse. Queria que ele se prolongasse, para sempre... * * * “Então“, disse Barbazul sorridente, “visitou a Torre dos Sete Patamares?“ “Visitei“, respondeu Stella Maris, entregando-lhe as chaves. Barbazul pediu para ficar sozinho e reclinando com os olhos fechados foi apertando as chaves, sucessivamente, com a mão esquerda, a mão do coração. No seu rosto se estampavam as emoções que Stella Maris havia tido em cada um dos patamares: leveza, alegria, riso, beleza, tristeza – até chegar ao último patamar, aquele que, ao segurar a sua chave, sentira o tédio e o enfado que as outras mulheres haviam sentido. O que é que Stella Maris teria sentido? E, de repente, sentiu lágrimas rolando pelo seu rosto, as mesmas lágrimas que haviam rolado pelo rosto de Stella Maris. Era como se o seu corpo estivesse possuído pela beleza e fosse o instrumento do qual a música saía... Barbazul sorriu. Permaneceu assentado, em silêncio; não queria que aquele momento terminasse. Queria que ele se prolongasse, para sempre... * * * “Stella Maris, você quer se casar comigo“, ele perguntou. “Casar? Mas eu pensei que...“ “Sim, casar. Você compreendeu o que é a Torre dos Sete Patamares? É a minha alma. Cada patamar é um pedaço de mim. Lá se encontram os prazeres e alegrias humanos. Homens, mulheres e crianças se reúnem para compartilhar esses prazeres e alegrias. Mas, ao final da torre, há um lugar de solidão absoluta onde só entra uma pessoa de cada vez, eu permitindo. Aquele lugar é o fundo do meu coração. Quem não amar aquele lugar jamais me amará. Poderá até ser um companheiro de danças, de jantares, de discussões literárias, de brinquedos... Muitos podem ser bons companheiros. Mas, para me amar, é preciso amar a minha solidão. E aquela música é a forma sonora da minha solidão. Você a achou bela. Você permitiu que ela possuísse o seu corpo. E, por isso, eu a amo... Nossas solidões são amigas... Você quer se casar comigo?“ - Estórias são parábolas. Não podem ser tomadas literalmente. Eu usei uma figura masculina como figura central – o Barbazul – porque estou reescrevendo e transformando a velhíssima estória do Barba Azul, cheia de violências e assassinatos. Mas seria possível escrever uma estória com a mesma trama tendo uma mulher como a figura central. - “O primeiro homem é o primeiro visionário de espíritos. A ele tudo aparece como espírito. O que são as crianças, senão primeiros homens? O fresco olhar da criança é mais transcendente que o pressentimento do mais resolutos dos visionários.“ (Novalis, Pólen, 163). - “Eu acreditava em sacis. Até que um dia um deles mentiu para mim...“ “Todo mineiro é caboclo. Caso contrário é louco.“ “Sou mineiro, tenho brio. Não confirmo nem desminto. Desconfio“. (Gildes Bezerra) (Correio Popular, 19 e 26/05/2002)

domingo, 22 de agosto de 2010

O preço da felicidade!

Quanto custa um dia feliz? Qual é o preço da paz de espírito? Seria bom se estas coisas realmente estivessem a venda! Assim, aqueles que não conseguem de jeito nenhum a dádiva da felicidade, não se encomodariam tanto com a alegria alheia! Uma das coisas mais difíceis que eu observo em todas as relações é o respeito! Respeito pelas diferenças.. Confesso que eu também já sofri deste mal, de achar que tudo e todos ao nosso redor tem que ser como nós, pensar no que pensamos, se dedicar com a mesma intensidade ao que nos dedicamos, enfim... Mas, da pior maneira possível, percebi que as coisas não são bem assim, aliás, não são nenhum pouco assim! A maioria das pessoas vive para estar "certa", tem que estar certos de tudo e ter toda a razão! Eu vivo para ser feliz, estando certa ou errada! Eu vivo para aproveitar cada segundo da minha existência e isso me faz feliz! O que não me faz feliz é ser julgada por ser assim, julgada por ter minhas próprias convicções! As pessoas, a grande maioria das pessoas infelizes não se contentam em ser infelizes sozinhos. Além de tudo, não aguentam ver que outras pessoas conseguem se sentir bem independente do que aconteça! E tem uns ainda que para piorar, passam o tempo inteiro querendo boicotar a paz de espírito alheia! Acho triste isso! A razão, na minha opinião, é protegida pela ignorância! As maiores atrocidades cometidas até hoje foram movidas pela razão, pela certeza! Quem pode dizer o que é certo ou errado? Temos sim, normas sociais que devem ser cumpridas para que haja ordem, mas em relação a vida, a sentimentos, a crenças, quem pode dizer? Daí é que entra o respeito ou a falta dele! Ganha credibilidade comigo quem sabe viver, livre de preconceito e de razão! Ganha credibilidade comigo quem, independente do que faça, respeite o que qualquer outra pessoa faz também... Somos livres, até Deus nos deu o livre arbítrio, como que algumas pessoas simplesmente não nos dão? O segredo da felicidade nunca vai ser revelado mas eu creio que está no caminho certo quem vive com a mente aberta e amor no coração, por que só assim podemos ser incondicionalmente livres e a felicidade requer liberdade para se manifestar!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Um dia de fúria!

Atípico. Assim posso chamar o texto de hoje! Atípico por que geralmente procuro as melhores saídas, as melhores respostas, o lado bom da coisa! Ainda continuo nesta linha de pensamento de que fazer o bem vale a pena, respirar fundo também! Agradecer, amar, perdoar, viver de forma simples e leve... Mas, fugindo um pouco do meu discursso, acho que ninguém consegue viver o tempo todo assim! As vezes para nos sentirmos mais leves é impressindível que a gente extravase, solte aquilo que encomoda, seja como for... O que não dá é pra ficar acumulando aquela energia ruim que as vezes invade o espírito... Tem que liberar! Eu mesma as vezes tenho vontade de gritar, tão alto, que acho que até eu ensurdeceria! Tenho vontade de colar algumas fotos no travesseiro e socar tanto até não sobrar uma pena, queria as vezes fugir, sumir, sair correndo até cansar e esvaziar completamente a mente! Tem coisas que se eu pudesse arrancaria com as unhas de dentro de mim! São tantas as coisas, situações que não dependem da nossa vontade ou escolha, são fatos que surgem no meio do dia, ocasiões em que tudo que gostaríamos era estar vivendo outra coisa! Ultimamente eu vivo minha vida normalmente! Vida normal aí vou eu! Foi o que pensei quando o médico me disse que estava tudo liberado.. Mas, papéis me lembram que eu estou e estarei por um bom tempo em um tratamento oncológico mustidiciplinar! Sentimentos incontroláveis saltam da minha mente... Procuro estar e ser otimista, não penso no que pode acontecer! Penso no aqui, no agora, penso nas gargalhadas diárias que eu dou, nos sorrisos, nos abraços, nas conversas, mas as vezes preciso pensar mesmo em me liberar de sentimentos ruins que não existem por que eu quero, simplismente insistem em fazer parte dos meus pensamentos! São sentimentos em relação ao que vivi, ao que passei, ao que não quero passar de novo! Pensamentos em relação a pessoas que eu não quero lembrar! Tecla amnésia onde você está? Nada é tão ruim para o corpo quanto uma alma cansada! Já me senti assim e o resultado não foi bom! Não quero voltar a me sentir assim, me sinto as vezes vivendo em um Alcatraz interno. Mudança. Preciso, urgentemente transformar algumas coisas, refazer alguns desejos, descansar a alma, não pensar em nada, não ver nada, não ouvir nada que me faça sentir assim! Não, eu não estou triste, não me perguntem o que está acontecendo! Nada está acontecendo, inclusive não me sinto tão bem a muito tempo, já me desfiz de muita coisa ruim, só precisava falar um pouco sobre o que precisa ser feito ainda! Acho que no meu caso este texto está inserido no meu dia de fúria, é minha maneira de botar pra fora algumas coisas... Não, não vou queimá-lo assim que terminar para as coisas ruins irem embora com a fumaça! Vou perpetuá-lo aqui para sempre recordar de que tudo é passageiro!