domingo, 15 de maio de 2011

Como vodka no chocolate!

Há algum tempo, no clube da “luluzinha”, uma das meninas comentou que na falta de conhaque para a realização de uma receita de trufas ela pensou em utilizar vodka, achando que o efeito seria similar, porém, o efeito foi completamente contrário, o chocolate petrificou! Endureceu e a receita foi pro espaço! Pois bem, dessa história o que gera uma reflexão é a petrificação! O que está petrificado em sua vida? Qual foi a situação em que você utilizou vodka ao invés de conhaque e acabou mandando tudo pro espaço? Às vezes por querer, às vezes sem querer... A questão é que em muitos momentos em nossa vida, substituímos coisas imprescindíveis e acabamos por perder tudo. Pensamos que não fará diferença, que o resultado será o mesmo e quando nos damos conta, a coisa desandou! Muitas vezes paramos de fazer as coisas da maneira que sempre fizemos e acabamos por fugir completamente do objetivo principal! São palavras, gestos, atitudes ou a falta destes itens que estragam as receitas das nossas vidas e dão fim a coisas importantes! Deixamos de ser quem somos, deixamos de ser o conhaque, substituímo-nos por alguém completamente diferente, muitas vezes para agradar aos outros e, quando isso acontece, geralmente, não conseguimos recuperar a receita perdida! Nestes casos o que nos resta é começar uma nova receita, com os ingredientes corretos, com o passo a passo da maneira que tem que ser, não adianta chorar sobre o leite derramado e nem sobre o chocolate petrificado! O negócio é aprender com a situação! Outro dia, assisti a uma apresentação que falava sobre os fardos que carregamos, coisas que já passaram há muito tempo, mas que continuamos carregando conosco, como mártires, como se a nossa vida dependesse daquele sofrimento, como se aquilo que nos aconteceu fosse à resposta pra todos os nossos infortúnios... E com isso, perdemos um grande tempo e um grande espaço na nossa vida e na nossa história, perdemos chances, oportunidades, de sorrir ao invés de chorar, de agradecer ao invés de lamentar, de ir à luta ao invés de esperar, de ser feliz ao invés de insistir nesta tristeza que, honestamente, já passou! Se algo de ruim lhe aconteceu, se petrificaram seu coração, se tudo parece ter caminhado pra um rumo diferente do esperado, pense que não foi por acaso, talvez você é quem caminhava de forma incorreta pelo seu caminho, aceite a sua história, mas abandone estes fardos, deixe pra trás com eles todos os seus grilos e suas neuras, seus preconceitos, suas lágrimas, seu sofrimento, assuma a sua vida e se prepare pra ser feliz! Aceite o seu caminho e passe a olhar mais para as estrelas do que para o dedo de quem às aponta, repare nas flores e não nos espinhos... E principalmente, não se substitua por qualquer personagem, não deixe de ser o conhaque da sua receita... Saisir le jour!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Pequenos Prazeres...

Não, não é necessário ter dinheiro para aproveitar as melhores coisas da vida! Um abraço não se compra, um sorriso não tem preço, gargalhadas não são cotadas na bolsa de valores, não se paga para caminhar no parque, na praia, nem para brincar com seu cachorro, um chá quentinho numa noite fria, sentar ao sol, ler um livro, fazer o bem, ser gentil, estas coisas não custam nada e trazem uma enorme satisfação. Sonhar não é pecado, a imaginação não tem limite, você vai até onde a sua criatividade permitir e como os sonhos não têm preço, não vendam os seus... Não permita que minem aquilo que te faz acordar todos os dias e seguir em frente, não aceite que lhe digam que é impossível! Impossível é não se alegrar brincando com uma criança, impossível é acordar e não sentir uma enorme vontade de agradecer por sermos livres, impossível é compreender como tantas pessoas perdem tempo pensando em coisas ruins. Algum amigo já lhe cobrou por uma boa conversa? A natureza já lhe cobrou por ser contemplada? Banhos de mar, de cachoeira, não são cobrados na fatura de água, não se pagam taxas por amizades verdadeiras. Qual o custo por ouvir sua música preferida? Cantar sua música preferida? Dançar sua música preferida? O combustível pra andar de bicicleta não aumenta nunca! O número de horas dormidas não altera com a inflação! Pipoca e guaraná, cobertor e filme são casamentos perfeitos e vamos combinar que são uma delícia! Pegar aquele livro de receitas e reproduzir um pão de queijo idêntico ao da sua mãe! Escrever... Totalmente free, basta deixar a mente fluir e sentir um alívio a cada nova palavra! Escrever é como correr, você não acredita que vá lhe fazer falta até começar a praticar! Correr! Sem pensar em nada, sem hora pra voltar. Vestir aquele moletom surrado (e preferido) e sentir-se adolescente! Se apaixonar! Na verdade as pessoas deveriam pagar por isso, de tão bom que é! Quando nos apaixonamos, seja pelo que for, nos tornamos pessoas muito melhores, encantadoras, iluminadas... O amor tem este enorme poder! Sentir aquele friozinho na barriga, ou melhor, borboletas no estômago é uma sensação impagável, talvez por isso não tenha preço! Estar com quem amamos... Beijos, abraços, carinho... Tudo isso e mais um pouco é muito mais valioso do que qualquer coisa! E está aí, ao nosso redor, disponível, em abundância... Esperando por aqueles que estão dispostos a ser felizes, a explorar este incrível universo de pequenos prazeres... Aproveite a vida!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ausência...

O que exatamente quer dizer uma longa ausência? Creio que esta questão não é mensurável, em certas situações, um ou dois dias já são de certa forma uma longa ausência, em outras, no entanto, meses não geram as mesmas sensações. O que é ausência? Drummond em um dos meus poemas favoritos diz: “Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. [...] e essa ausência assimilada ninguém a rouba mais de mim...” Concordo! Não há falta na ausência... Vejo que há tantas pessoas que se “ausentam” fisicamente, mas permanecem ligadas, alimentando sentimentos, fortificando relações, mantendo contato... Outras, mesmo estando presentes, estão longe, mais ausentes que àqueles que estão distantes, o maior erro em minha opinião é nos ausentarmos com as pessoas que foram fazendo parte de nossas vidas, nossos amigos, nossos ex-vizinhos, nossos amores... Por que nos ausentamos completamente da vida destas pessoas? Parece que todo tempo que estivemos juntos não foi o suficiente para mantermos uma relação duradoura... Parece que este tempo evaporou... Sei que seguimos caminhos diferentes e que cada um de nós tomou um novo rumo em algum momento, mas, você não sente falta dos seus velhos “melhores amigos”? Assimilar a ausência é um processo lento, assim como Drummond, eu penso que é natural sentir falta na ausência, porém, assim que a assimilamos percebemos que na verdade a ausência é mais uma possibilidade, é um espaço deixado para ser preenchido por novas experiências e sensações, e podemos, inclusive, preencher esta ausência com algo muito valioso, que somos nós mesmos! Quantas vezes você se ausentou de você mesmo? Não ouviu seu corpo, não respeitou seus sentimentos, não obedeceu aos seus desejos? Não se dedicou a você mesmo? Há quanto tempo você aguarda para que algo ou alguém preencha esta ausência em você? Sendo que a única pessoa capaz de te completar é você mesmo? Não importa qual seja a situação... Nada nos completa. Somos ou ao menos deveríamos ser completos, todo o resto nos "complementa..." Acrescenta, contribui, agrega valor ao que somos, e, se por acaso, algo ou alguém se vai, não nos esvazia, não nos deixa menos completos, simplesmente vai, assim como tantas coisas foram e outras vieram... E entre estas idas e vindas podemos sim, ter outras sensações, mas nunca nos sentiremos vazios... Nem sentiremos falta na ausência, é sempre um novo processo de adaptação, porém, sempre estaremos completos nos adaptando a novas situações, novos empregos, novos amigos, novos amores... A doce ausência também é um estado de espírito!

terça-feira, 3 de maio de 2011

E quem se importa com o que os outros vão pensar?

Por trás das palavras, por trás das ideias, da intenção, por trás do sorriso... Tudo o que vemos, vemos ao nosso modo, da maneira que nos convém! Mas o que existe por trás disso tudo? Nas músicas, nos filmes, nas conversas com os amigos, nos encontros e nos desencontros desta vida... É a vida passível de interpretação! A vida não passa de um espelho que reflete o que nós somos... Tudo o que vemos, o que pensamos, o que queremos, do que gostamos ou não... Em tudo que depositamos nossa atenção, ali está um pouco de nós. Melhor do que nos imaginarmos em certas situações é nos identificarmos com elas... Com as pessoas, com as histórias, com a letra daquela música que foi "feita pra nós", quando conhecemos alguém e vemos que temos tanto em comum, e, quando conhecemos alguém e vemos a imensa capacidade que temos de nos apaixonar por coisas muito diferentes de nós, é a vida cíclica, que não pára um segundo e vai nos permitindo ter muitas experiências distintas. Experiências que dependem da nossa decisão para acontecer e para se desenrolar, experiências que irão mostrar se aprendemos ou não, se crescemos ou não, se nos tornamos ou não, melhores. A intenção é por vezes cruel, é mutante, parece algo que não é... Às vezes está tão certa pra gente e logo depois evapora, entra em ebulição e perdemos completamente o norte em relação às intenções... Assim vamos distinguindo as pessoas, assim vamos reconhecendo a nós mesmos, nos moldando, evoluindo, observando que nem tudo é perfeito e que é justamente esta imperfeição que nos dá a chance de diferenciar uma coisa de outra, nos enganamos, muitas e muitas vezes, rimos, gargalhamos frente às nossas expectativas, achamos, e este “achismo” vai se tornando natural, até que em certo ponto temos certeza, certeza é aquela sensação inconfundível, enquanto não a sentimos é por que somente achamos... Confuso! Mas o que não é? Viver é a mais bela e divertida das confusões, saímos e entramos em furadas sem tamanho, caímos e levantamos, e é assim o tempo todo... Que bom! Que bom que cada um de nós tem o direito de enxergar a vida com seus próprios olhos, que bom que somos livres para criar a nossa história e seguir adiante da maneira que acharmos mais conveniente, que bom que não estamos fadados, por exemplo, a enxergar esta dádiva, este milagre que é a vida, com os olhos dos pessimistas, que bom que em cada um de nós reside uma oportunidade, de ser melhor, de querer mais, de viver! E é por tudo isso que eu tenho certeza de que não importa nem um pouco o que os outros pensam sobre nós, o que importa é o que nós pensamos sobre nós mesmos, o que importa é o valor que damos a nossa passagem por aqui, o que importa é viver e sugar ao máximo o que a vida tem de melhor pra nos oferecer, por que cada um é responsável pela sua trajetória, pelo seu futuro e principalmente, pelo seu presente! Por que amanhã, todos estes que perdem tempo analisando a vida alheia terão um dia a menos pra cuidar da sua própria vida! Não me interessa o que os outros pensam sobre o que eu faço! Se me fizer feliz e não fizer mal a ninguém, que mal tem? Einstein já dizia que “há duas formas de encarar a vida: uma é acreditar que não existe milagre. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.” Eu concordo com a segunda! E você?