Quanta coisa é possível se guardar em um baú. Lembranças, sonhos, desejos, objetos, memórias, livros, fotografias, receitas, coisas materiais ou não... Hoje, após quase um ano, remexi num destes baús da vida e, surpresa! Encontrei várias coisas, coisas que queria, coisas que detestei, coisas que me fizeram feliz e triste ao mesmo tempo, coisas que me mostraram um lado bom e ruim de mim mesma. Recordações... Aliás, diariamente me remeto a recordações. Seja por intermédio de pessoas, de objetos, de sabores, de aromas... Quantos baús interiores nós temos? Em que guardamos tantas coisas inúteis, sem sentido, sem objetivo. Acumular por dias, meses e até anos várias coisas que num determinado momento não fazem a menor diferença... Hoje, remexendo em um baú, me encontrei... Ou melhor, me reencontrei... Reencontrei uma mulher apaixonada, entregue, lúdica e sonhadora, quase não acreditei nos recortes de receitas e decorações que eu guardava como inspiração, e nem nos cartões que eu mesma confeccionava em ocasiões especiais, nas velinhas multicoloridas que eu usava no jantar, nos cadernos decorados com planejamentos educacionais, no livro de feng shui, no filme "O jardineiro fiel" (um dos meus preferidos) e até no dvd do The Corrs... E as decorações de natal? Que eu não fiz a menor questão de procurar no mês de dezembro que passou... Pastas, documentos, certificados... Certificados de todos os tipos, profissionais, emocionais e até certificados de burrice... Sim caros amigos... Como somos burros às vezes, uma burrice necessária que nos leva ao crescimento, ao desenvolvimento pessoal. Reencontrei-me nos trabalhos manuais, porque uma mulher moderna pode sim bordar uma linda toalha em ponto cruz, e era ali, em cada um daqueles pontinhos que eu estava naquele momento, nos moldes, nas fitas, de cetim, de juta, de papel, devidamente guardadas, nos convites... Foram tantos casamentos, formaturas, aniversários e cada um destes papéis estava guardado, o álbum de casamento dos meus pais que após a separação deles ficou comigo e agora que eles estão juntos novamente volta a fazer sentido. O que mais tinha neste baú era energia, era aquela carga emocional ali presente, pairando naquele espaço que por incrível que pareça não era tão grande assim! Talvez eu tenha demorado tanto pra estar frente a frente comigo mesma por covardia, por medo, por precaução... Acredito que pra tudo há um momento e o momento de esvaziar o baú e deixá-lo livre pra novas sensações foi hoje! Foi bom! Me deu energia pra fazer coisas que estavam adormecidas, mas que vieram à tona novamente.
Por mais que o meu baú fosse físico e tenha sido esvaziado de forma lenta e saudosa é realmente necessário que de vez em quando façamos uma faxina em nossos baús interiores, para que estes possam ser preenchidos e esvaziados, sucessivamente... São estes momentos de encontros e reencontros conosco que nos centralizam, nos equilibram e fazem as coisas terem sentido... Aliás, a vida é um quebra cabeça, que aos poucos vai sendo montada, para daí, fazer sentido! C’est la vie...
"Limpando a Janela" é a única maneira de ver as coisas com clareza. Comece pela sua.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Um Baú...
Quanta coisa é possível se guardar em um baú. Lembranças, sonhos, desejos, objetos, memórias, livros, fotografias, receitas, coisas materiais ou não... Hoje, após quase um ano, remexi num destes baús da vida e, surpresa! Encontrei várias coisas, coisas que queria, coisas que detestei, coisas que me fizeram feliz e triste ao mesmo tempo, coisas que me mostraram um lado bom e ruim de mim mesma. Recordações... Aliás, diariamente me remeto a recordações. Seja por intermédio de pessoas, de objetos, de sabores, de aromas... Quantos baús interiores nós temos? Em que guardamos tantas coisas inúteis, sem sentido, sem objetivo. Acumular por dias, meses e até anos várias coisas que num determinado momento não fazem a menor diferença... Hoje, remexendo em um baú, me encontrei... Ou melhor, me reencontrei... Reencontrei uma mulher apaixonada, entregue, lúdica e sonhadora, quase não acreditei nos recortes de receitas e decorações que eu guardava como inspiração, e nem nos cartões que eu mesma confeccionava em ocasiões especiais, nas velinhas multicoloridas que eu usava no jantar, nos cadernos decorados com planejamentos educacionais, no livro de feng shui, no filme "O jardineiro fiel" (um dos meus preferidos) e até no dvd do The Corrs... E as decorações de natal? Que eu não fiz a menor questão de procurar no mês de dezembro que passou... Pastas, documentos, certificados... Certificados de todos os tipos, profissionais, emocionais e até certificados de burrice... Sim caros amigos... Como somos burros às vezes, uma burrice necessária que nos leva ao crescimento, ao desenvolvimento pessoal. Reencontrei-me nos trabalhos manuais, porque uma mulher moderna pode sim bordar uma linda toalha em ponto cruz, e era ali, em cada um daqueles pontinhos que eu estava naquele momento, nos moldes, nas fitas, de cetim, de juta, de papel, devidamente guardadas, nos convites... Foram tantos casamentos, formaturas, aniversários e cada um destes papéis estava guardado, o álbum de casamento dos meus pais que após a separação deles ficou comigo e agora que eles estão juntos novamente volta a fazer sentido. O que mais tinha neste baú era energia, era aquela carga emocional ali presente, pairando naquele espaço que por incrível que pareça não era tão grande assim! Talvez eu tenha demorado tanto pra estar frente a frente comigo mesma por covardia, por medo, por precaução... Acredito que pra tudo há um momento e o momento de esvaziar o baú e deixá-lo livre pra novas sensações foi hoje! Foi bom! Me deu energia pra fazer coisas que estavam adormecidas, mas que vieram à tona novamente.
Por mais que o meu baú fosse físico e tenha sido esvaziado de forma lenta e saudosa é realmente necessário que de vez em quando façamos uma faxina em nossos baús interiores, para que estes possam ser preenchidos e esvaziados, sucessivamente... São estes momentos de encontros e reencontros conosco que nos centralizam, nos equilibram e fazem as coisas terem sentido... Aliás, a vida é um quebra cabeça, que aos poucos vai sendo montada, para daí, fazer sentido! C’est la vie...
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Triagem.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Ser ou estar!
Ser ou estar são apenas palavras com que afirmamos a existência, uma ação, um estado ou uma qualidade que atribuímos a uma pessoa, a uma coisa ou a um animal, verbos! Atribuir, porém, verbos aos sentimentos, ao estado de espírito, às convicções é possível? Imagino o quanto realmente é triste ser só! Estar só é bom, de vez em quando, em alguns lugares... Agora, ser só é no mínimo catastrófico! Não me refiro à solidão do amor... Que está longe de participar da minha reflexão, me refiro à solidão de energia, à solidão de vida, de gargalhadas, à solidão de música, à solidão de companhia para olhar vitrines, pra fazer fofocas, pra comer sorvete, pra comentar sobre os lugares legais, sobre as coisas bacanas que você está fazendo, sobre seus planos, sonhos, projetos, à solidão de compartilhar! De ter (e aí temos outro verbo), pessoas para compartilhar os momentos únicos da nossa existência... Estar só, entretanto, faz bem, vez ou outra, para a cabeça, alma, coração, estar só engrandece... Faz com que você reflita, se conheça, aproveite a si mesmo (a), estar só é realmente um teste de compatibilidade consigo mesmo... É a descoberta de si, de seus verdadeiros pensamentos, de seus verdadeiros desejos, de seus verdadeiros medos... Estar só é perceber ou não, o tamanho do seu potencial criativo, imaginativo, degustativo, olfativo, auditivo, curioso, etc... Estar só, por um tempo, em um lugar desconhecido, com absolutamente ninguém que você conheça, entra na minha relação de experiências que devem ser vividas antes de encontrar um grande amor, por exemplo, ponto. (Ponto porque o amor não entra nesta reflexão). Mas é quase que impossível, na minha concepção, viver uma relação com alguém se você não sabe se relacionar consigo mesmo. A vida é exigente. O auto-conhecimento que para mim não precisa de auto-ajuda e sim de auto-descobrimento é fundamental para a felicidade, por que daí você não corre o risco de cair naquela esmagadora estatística de gente que se sente só e infeliz, mesmo estando rodeadas de pessoas! A partir do momento em que se descobre o quão completos nós somos, mesmo estando sozinhos, descobrimos que estamos muito bem acompanhados!
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